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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

A oração de Davi

Salmos 141: 3-5 Coloque um guarda na minha boca, ó Senhor; vigia a porta dos meus lábios. Não deixe meu coração ser atraído para o mal, para participar de atos perversos com os homens que são malfeitores . Não coma eu das suas iguarias, fira-me o homem justo,  será uma benignidade; ouvir sua repreensão é óleo sobre a minha cabeça. Minha cabeça não vai recusar. No entanto, a minha oração é sempre contra os atos de malfeitores.


Depois de sua queda com Bate-Seba, Davi orou para que seu coração não fosse atraído para o mal, ele já não confiava em seu próprio coração. Você percebe quão facilmente nosso coração pode ser enganado para o mal? Ele está sempre lá para nos seduzir com uma mentira,  nos oferece uma iguaria, uma delicadeza que nos levará mais longe do que queríamos ir e vai nos custar mais caro do que queríamos pagar. Isto é semelhante à oração do Senhor Jesus: "Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do Maligno" (Mateus 7:13).


A oração de Davi poderia ser a nossa oração diária. Nossa boca parece ser o membro mais propenso a pecar falando mal dos outros e é da abundância do coração que fala a boca. Quando ouvimos alguém difamar uma pessoa que nos causou dano, ou cujas ideias e objetivos são diferentes dos nossos, temos uma tendência para calúnia. Tiago ensina que, se nós podemos controlar a nossa língua, podemos controlar todo o nosso corpo.


Nós precisamos do Espírito Santo para ser o protetor sobre nossas bocas, para manter a porta de nossos lábios selados, a menos que possamos falar palavras que motivem e incentivem a um caminhar com Deus. (Efésios 4:29) O nosso mundo está cheio de calúnias e denúncias, vamos ser uma voz de encorajamento e sabedoria.

Precisamos dos golpes de um amigo para nos acordar quando a nossa boca ou desejos estão fora de controle. Os verdadeiros amigos  amam o suficiente para alertar e corrigir . Amigos justos irão sempre confrontar-nos. Um verdadeiro amigo vai arriscar a amizade para nos dizer a verdade, aceitemos como o óleo da unção, sem se ofender. David orava contra contra suas maldades, essas ações que causam dor e sofrimento na vida de outros. Nossa batalha não é contra as pessoas que caíram para as delícias oferecidas por Satanás, é contra as ações que levam à destruição.

Oração: Senhor, guardar nossa boca  e nos ajuda a aceitar a justa repreensão. Que esteja distante de nós o promover contendas, fofocas, mas que usemos nossos lábios para abençoar os que nos perseguem e os que nos amam. Que nossos lábios sejam para louvar e bendizer Teu Santo Nome. Em nome de Jesus Cristo, amém.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O Sepulcro Esta Vazio

Era já o terceiro dia do sepultamento de Jesus. As primeiras horas do domingo. Maria Madalena, Joana e Maria mãe de Tiago( Lc 24)   se dirigem até o sepulcro na intenção de ungir o corpo do Mestre. Juntas carregam especiarias compradas no mercado de Jerusalém e algumas outras que com muito zelo prepararam. Durante o percurso, conversam sobre como seria bom se Jesus estivesse vivo, recordam momentos compartilhados com Aquele que lhes  despertou o verdadeiro dom de amar. Mas, as mulheres tinham alguns temores, segundo o Evangelista Marcos, “elas diziam umas para as outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro”? Mc 16:3

É admirável a determinação das discípulas de Jesus. Elas sabiam que podiam encontrar guardas romanos à entrada do sepulcro  impedindo-as de completar a missão. Sabiam que na rocha virgem,
preparada para repouso do Messias, existia uma entrada lacrada com enorme pedra pesada, cuja remoção, dependia de força física que apenas os homens teriam. Ainda assim, não desistem. A atitude das mulheres parece ser digna de louvores. Afinal, quem mais, diante de tantos obstáculos, intentaria ungir “o morto”?!

Quando enfim, chegam ao sepulcro, encontram um cenário bem diferente daquele que desenham na mente: Nem soldados, nem  pedra impedem a entrada no local. O sepulcro está totalmente vazio! Admiradas, elas ficam ali por alguns instantes: “Para onde  levaram o corpo de Jesus? Precisamos descobrir.”. Perplexas, quase desmaiam de  temor quando dentro do pequeno ambiente, surgem dois varões com resplandecentes vestes a lhes falar:

“Por que buscais o vivente entre os mortos”? Lc 24:5

Notem que os anjos repreenderam as mulheres: “Vocês estão procurando a pessoa certa, porém, no lugar errado”. Essa palavra mexeu comigo. Quantas pessoas estão agindo como as mulheres a caminho do sepulcro? Empreendendo tempo, esforço, determinação e esperanças na direção errada. Querem a coisa certa, mas procuram no lugar errado.

Alguém exclamaria: “Mas elas amavam a Jesus”! Sim, somente não perceberam que as coisas mudaram. Que precisavam sair do passado, e viver o hoje. Colocar a fé em ação. “Buscar o vivente entre os mortos” significa limitar o que não é limitado. O sepulcro era nada diante do Mestre. Toda aquela situação de morte foi vencida pelo poder redentor, aleluia! As mulheres precisavam de olhos espirituais, para enxergarem além do natural. Havia uma pedra que precisava ser removida bem em seus corações.

Quantos de nós não estamos “a caminho de um sepulcro vazio”, buscando felicidade onde não existe? Revirando cadáveres? Presos em uma atmosfera fétida? Comprando e preparando aromas para “perfumar” o que não deve ser perfumado, mas refeito. O perfume não deve ser um paliativo, mas um remédio que adentra as profundezas do ser. E Jesus é esse remédio. Apenas Ele tem domínio sobre a vida e a morte. Ele as venceu! E Ele mesmo é o que diz: “Por que procuras o vivente entre os mortos?! Eis-me aqui. Entrega-te a Mim”.

O Jesus, que as mulheres buscavam ainda é cultuado hoje. Multidões caminham Para sepulcros vazios em busca de encontrar felicidade e paz. Mas não encontram. Porque sepulcros são lugares de morte e não de vida. Jesus está vivo! Ele age, hoje, agora mesmo. E a fé verdadeira, Bíblica, que conduz a salvação eterna, acredita nesse Jesus. Que operou no passado e continua operando hoje e em todos os séculos, para sempre, eternamente. Ele É o mesmo. Não é o Cristo histórico, mas real que não se limita a tempo, espaço ou circunstância.

“Por que procurais o vivente entre os mortos”? Lc 24:5

Convido-o a uma reflexão: Onde procuras por vida? Caminhas para o sepulcro? Vives em um ambiente de tristeza, pranto e temor? Seus esforços têm sido vãos? Os “aromas” de paz somem com facilidade? Precisas comprá-los, prepara-los?  Mude de direção.

Jesus está vivo. O lugar de sua sepultura está vazio. É a única sepultura do mundo que não conseguiu segurar “o morto”. Ela é testemunho para as nações, daquilo que Deus preparou para os que O buscam. Se com Cristo estamos, vencemos a vida e a morte. É uma louca mensagem que só pode ser vivida através da fé. Da  fé que está bem ai, dentro de você. Deixe o caminho do sepulcro. Busque o Verdadeiro Cristo, com todo vosso coração e força. A pedra já foi removida. Não existe obstáculo.

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é pela sua carne. Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e sempre” Hb 10:19, 20 e 13:8.

Amém.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A visão da amendoeira

Ainda veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês Jeremias? E eu disse: Vejo uma amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir" (Jeremias 1:11,12).

Porque Deus mostrou uma amendoeira a Jeremias? Qual o significado da visão?

A amendoeira é considerada a "despertadora" no pensamento hebraico, visto que de todas as árvores ela é a que floresce mais cedo, muito atenta a oportunidade de florir. As amendoeiras também têem grande capacidade de regeneração não necessitando de podas. A cada ano elas morrem e renascem esplêndidamente tornando-se completamente floridas.

Da mesma forma que a amendoeira se comporta, sendo atenta a capacidade de renascer, de florir, Deus se comporta para com o seu povo. Ele está atento, vigilante, de sentinela para no momento certo cumprir a sua Palavra. Ali onde parece não haver vida, tal qual a amendoeira
tudo volta a florir com mais beleza ainda.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Uma palavra para tempos de crise (Salmo 126)

O Salmo 126 foi escrito por um exilado judeu que experimentou  70 anos de deportação de Jerusalém para Babilônia. Qual o nome desse prisioneiro? Não se sabe. O que se sabe é que sua gratidão e louvor por ter retornado a Sião são e salvo está registrada como  um cântico de celebração ou um "cântico dos degraus".

E que degraus eram esses? Eram os degraus das subidas entre Jerusalém e a Babilônia (Esdras 7:9) e os degraus do templo de Jerusalém,onde ano a ano peregrinos se reuniam para relembrar a libertação do cativeiro. Cada degrau um novo cântico,um novo Salmo. No total, são quinze os Salmos denominados "dos degraus ou das romagens" do 120 ao 134.

O Salmo 126 é tão belo quanto os demais e versa especialmente sobre restauração. O autor faz uso de três metáforas para expressar a alegria do retorno para casa: Um sonho agradável, as águas frescas das torrentes do Neguev e as festividades da colheita. Lendo esse Salmo, logo no primeiro verso, encontro inúmeras lições que servem de referencial para os tempos de crises, de cativeiros enfrentados por nós em determinados momentos da vida. 

O cativeiro Babilônico teve inicio em 598 a. C e nos livros dos profetas Ezequiel, Jeremias, Daniel, Ageu e Zacarias é possível constatar relatos da época, bem como dos propósitos de Deus para a nação de Israel que estava sob julgamento. No livro de Esdras há um rico relato do período de retorno da Babilônia, do mover de Deus sobre a nação de cativos que com arrependimento e choro retornaram para os seus lares.

Mas o que aconteceu com os cativos  durante os 70 anos de crise? Como encontraram forças e ânimo para permanecerem esperançosos e confiantes de que tudo iria passar e Deus estava com eles? Não deve ter sido fácil porque a Babilônia procurou de todas as formas oprimir e roubar toda esperança do retorno. E é da Babilônia que nos chegam revelações do que acontece no mundo espiritual em tempos de crise. Claro, nem toda crise é resultado do juízo de Deus sobre nós. Existe base Bíblica para afirmar que até mesmo homens justos e tementes a Deus podem passar por cativeiros terríveis,foi o que aconteceu com Jó.

Se é difícil encontrar os porquês das crises, se não há unanimidade quanto a isso, porém,há unanimidade em outro aspecto das crises: elas confrontam nossa fé e força e todos, sem exceção, precisam lidar com elas, de modo a não se deixar abater, naufragar. Por esse motivo, é que olhar para o cativeiro nos ensina. Eclesiastes 7:5 diz: "O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria." Então, vamos aprender com a casa do luto?

sábado, 8 de setembro de 2018

A Alegria de Habacuque


  “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” Hc 3:18


Quando o profeta Habacuque faz esse propósito de viver em alegria, estava a contemplar os campos sem frutos, os currais vazios, o chão árido e  seus irmãos a gemer de fome.  Apenas alguém que vive através da fé pode ser conduzido a esse estado de esperança e ânimo, mesmo em meio às piores circunstâncias.

A alegria da confissão de Habacuque, no grego é “Gil”, sugere “bailar de alegria” ou “saltar”, no original significa: "rodopiar em redor com movimentos intensos”. Foi exatamente isso que fez o Rei Davi em 2 Sm 6:16; "E sucedeu que, entrando a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul estava olhando pela janela e viu que Davi ia saltando e girando acrobaticamente..." O Rei estava se alegrando no Senhor.

Alguma vez você foi movido a dançar para o Senhor em meio a um campo devastado? Agradeceu a chuva e a colheita que estaria por vir? Pode ser que alguém o chame de louco por isso, mas foi o que Habacuque ousou fazer.

No Evangelho de João também está escrito: “Abraão alegrou-se por ver o dia do Senhor” Jo 8:56. Ou seja, Abraão dançou intensamente após receber a promessa de um herdeiro que por sinal se chamaria: Isaque ou “riso”: “E chamou Abraão o nome de seu filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, Isaque”. Gn 21:3.  A esterilidade de Sara resultou em riso para o casal.  Mas não foi em vão, foi através da fé . Abraão sorriu em meio à sequidão: - "Sara, vamos ter um filho, ele se chamara riso."


"Sabei, pois que os que são da fé são filhos de Abraão” Gl 3:7.

Sou grato Deus por todas as vezes que Ele me fez sorrir nas adversidades. Quando pude ouvir a voz suave do Espírito Santo contrastando com o turbilhão de vozes negativas. O mundo é assim, uma marcha solene sob o jugo da escravidão, cuja melodia impõe medo, dúvidas, desilusões e morte. Um a um cambaleia rumo a um destino desprovido de graça.

Mas a voz de Deus nos convida a se alegrar, dançar como Habacuque, Davi  e Abraão embalados pela fé, pela certeza do que olhos, ouvidos e mãos alcançarão trazendo a existência, as coisas que não são como se já fossem Rm 4:17. Que assim seja para você, amado leitor. Que através da fé, possas contemplar as promessas do Deus que ama a todos incondicionalmente e que tem por vontade trazer riso, dança , alegria para nossas vidas,  para glória do Seu nome.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Vencendo a corrida com cavalos e as enchentes do Jordão

Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão? Jeremias 12:5

Como está seu coração hoje? Ansioso, preocupado, atribulado? Assim estava o profeta Jeremias quando Deus lhe dirigiu as palavras acima. Penso que não era bem o que ele queria ouvir, mas o que precisava ouvir. Deus diz que ele tinha de ser forte e tranquilo, mesmo em meio a adversidades maiores. Precisava correr mais que os cavalos e enfrentar a enchente do Jordão com disposição. Em resumo: Jeremias tinha que parar de se lamentar e manter o coração confiante, porque Deus estava a seu lado e sabia perfeitamente até onde ia sua força e fé. Jeremias precisava "esticar"  suas medidas de crente e manter o olhar firme em Deus.

Claro que Jeremias é um de nós. Grandes homens e mulheres da Bíblia foram exatamente como um de nós; sofreram, ganharam, perderam, choraram, passaram tempos difíceis e também de bonança. Quem não sabe o que é sofrer não aprende a viver, não é mesmo? Agora, um dos grandes triunfos de ser cristão, consiste no fato de que a fé nos mantém de pé, em qualquer circunstância. Se as pernas cambaleiam, os joelhos tremem e os temorem querem nos assaltar, olhemos para Cristo. Ele autor e consumador da nossa fé. Sendo morto, ressuscitou ao terceiro dia e intercede por nós diariamente. Essa é a vitória que venceu o mundo e que nos fará vencer também.

Porque vencer, como costumo dizer, não é nunca perder, mas prosseguir confiante, mesmo depois das perdas. Vencer não é receber tudo que pedimos e nada nos faltar. É crer em Deus e continuar amando-O mesmo quando ainda nos falta, quando as respostas parecem não vir. Uma doença grave, um filho rebelde, um casamento desfeito...enchentes do Jordão,fatigas, cansaço, tristezas. Como agir?

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O Pai Do Filho Pródigo

“Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao Pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu Pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu Pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu Pai. Vinha ele ainda longe, quando seu Pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O Pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. ” (Lucas 15:11-32)
Na bíblia, esse texto é um dos que melhor contextualiza a“graça” e o “amor” do Pai! O título “A Parábola do Filho Pródigo” não me agrada, pelo contrário, além de rotular o filho, esse título tira a luz do personagem central da história, essa história não é sobre o filho que se foi, nem sobre o filho que ficou, esse texto fala sobre o Pai do filho pródigo. Fala da nossa reconciliação com Deus na figura do Pai, fala de características bastante pessoais de Deus, e é sobre elas que quero falar.
A primeira característica é a justiça. O filho mais moço pede a parte que lhe cabe da herança, a história não conta o quão triste certamente o Pai ficou com aquele pedido, mas o certo é que o Pai repartiu a herança entre ambos os filhos. Ora, o primeiro não havia pedido nada, mas seria justo o filho mais novo receber antecipadamente a herança e o filho mais velho não? Isso mostra a maravilhosa justiça de Deus! Não é maravilhoso saber que Ele é a nossa justiça? Que não precisamos sofrer por causa dos maus feitos, Ele está no controle da situação! Você, meu amado, não precisa sofrer antecipadamente, nem se desgastar, há alguém que advoga as suas causas!
A segunda característica que notamos na narrativa é o livre arbítrio apresentado no relacionamento com o filho mais novo. A história não menciona nenhuma tentativa do Pai para impedir que o filho fosse embora. A atitude de abrir a porta representa um profundo amor que deseja também receber amor como troca no relacionamento. Aquele Pai amava seu filho, e deseja ser amado também, certamente ficou entristecido com a atitude do filho, mas compreendia que otemor não gera amor, e de nada adiantaria exigir que o filho o amasse em reconhecimento ao seu amor paterno. É óbvio que Deus deseja nosso amor, mas Ele deseja que esse amor seja voluntário, Ele quer que amá-Lo seja uma escolha pessoal e diária, uma escolha pautada por um relacionamento íntimo e não baseada em interesses por benefícios pessoais.
Confesso que o fato do filho mais novo não dividir suas intenções com o irmão mais velho e nem pedir a opinião do Pai atraem minha atenção. Fica óbvia aqui a impetuosidade do filho mais novo, e a superficialidade do relacionamento daquela família. Como muitos de nós “crescemos” na casa do Pai, e não compartilhamos dos nossos planos com Ele, apenas queremos gozar do benefício de termos um Pai próspero, sem construir um envolvimento mais íntimo com o Rei, apenas nos ocupamos com o Reino.
Sentir a presença de Deus aos domingos não é ter intimidade, chorar durante o louvor não é ter intimidade, freqüentemente é emocionalismo barato. Ter autoridade no mundo espiritual não significa ter intimidade. Ter credenciais também não representa intimidade. Ter talentos, e dons espirituais não significa intimidade. Estar sobre plataformas não representa intimidade. A intimidade é fruto de relacionamento diário. Somente a intimidade gera um coração sensível à voz do Espírito Santo e um olhar compassivo, é a intimidade que gera frutos do espírito em nós.
Se você compreender esse princípio, vai entender porque alguém que tem dons, e é usado por Deus, mas faz coisas que destoam sabe? É profeta, Deus usa, mas adora fazer uma fofoca. Sacou?
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: Apartai-vos de mim, eu nunca vos conheci.” (Mateus 7:22,23)

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O Que Fazer Quando Morre a Última Esperança

Hoje vamos falar sobre a viuva de Naim, fato relatado apenas no evangelho de Lucas 7:11-17. Sendo este um dos 35 milagres de Jesus aqui na terra.
Além de ser o primeiro dos três milagres relatados nos evangelhos, onde Jesus trás alguém de volta a vida. Os outros dois foram (a ressurreição da filha de Jairo) e (a ressurreição de Lázaro).
Existe um ditado popular bem famoso no nosso país que diz assim “a esperança é a última que morre”, no entanto, o DE REPENTE aconteceu na vida desta viúva e a sua última esperança veio à falecer, e agora? O que fazer?Será que nós estamos isentos de que o DE REPENTE aconteça em nossas vidas? Ou será que a última esperança já morreu?
Vamos mergulhar neste estudo sobre a Viuva de Naim, guiados pelo Espírito Santo e aprender uma bela lição com o Senhor Jesus Cristo.
Cidade de Naim é um pequeno vilarejo na região da Galileia e seu significado é “charmosa” ou “graciosa”. E dando uma rápida olhada no Google Mapas, veremos que ela fica aproximadamente a 50km da cidade de Cafarnaum.
Cidade na qual Jesus acabara de fazer um grande milagre curando um servo de um centurião.
E no dia seguinte, Jesus pegou a estrada em direção a Naim pois sabia que lá nesta pequena cidade alguém estava precisando de sua ajuda.
A Bíblia não diz o seu nome, mas apenas a denomina como a viúva de Naim.
Quando estudamos o Antigo Testamento e a história dos séculos passados, percebemos que o grande sonho de toda mulher hebreia era se casar com um bom homem, e ter um filho menino, pois este daria continuidade na descendência de seu pai.

Sonho Realizado

Então podemos afirmar que esta mulher tinha conseguido realizar o seu grande sonho. Embora a Bíblia não detalhe sobre sua história, percebemos que ela tinha um marido e um único filho homem.
Mas algo aconteceu, não sabemos o que, mas o seu marido, aquele que tinha a responsabilidade de trazer o alimento e sustentar a casa veio a morrer.
E agora esta mulher, viúva e com seu único filho teriam que se virar para poder sobreviver.
Mas nem tudo estava perdido, afinal ela perdeu o seu marido, mas ainda lhe restava a sua última esperança, o seu filho único.
Pois a expectativa era que ele crescesse e viesse a ser uma boa pessoa, um bom trabalhador, alguém respeitado e que desse bons frutos.
Do qual através disto esta mulher, mãe e viúva pudesse ter uma vida mais confortável e equilibrada, sem se preocupar com o que ela iria comer ou beber.
A sua esperança era ver seu filho ser bem sucedido para que ela também consequentemente  pudesse gozar desses benefícios.

O Filho da Viuva de Naim

Mas “DE REPENTE” algo inesperado aconteceu, um imprevisto. Algo que estava completamente fora dos seus planos e que jamais teria passado pela sua cabeça.
Seu único filho que era também a sua última esperança veio a falecer!
E agora, o que seria dessa mulher? Viúva e sem filhos, corria o risco de passar o resto de seus dias à mendigar, caso não tivesse um parente próximo que pudesse ajudá-la.
Não havia muito amparo e consolo para uma viúva, e com a morte de seu filho agora ela estava sozinha. Ela chorava pensando no dia do amanhã, e se lembrava que antes sua vida era perfeita.
Já que para um judeu, se casar e ter um filho homem era um sonho e ela o tinha realizado, mas agora tudo se foi…
O que seria dos seus planos que foram interrompidos pelo “DE REPENTE” da vida? Seu futuro estava comprometido e fadado ao fracasso..

Os Sonhos São Quebrados

Assim é a nossa vida, fazemos planos, traçamos nossas metas e objetivos, temos sonhos e queremos muito que eles se realizem em nossas vidas,
Mas algo acontece no meio do caminho e agora estamos sozinhos e com uma última esperança. Pessoas nos abandonaram, ou talvez perdemos tudo o que tínhamos.
Quem sabe o casamento que vai de mal a pior, a notícia da enfermidade, ou algo que tira o nosso sono.
Mas ainda não perdemos literalmente tudo, ainda existe em nós uma última chance, uma última esperança!
Para aquela enfermidade existe um tratamento uma probabilidade de cura, mesmo que pouca mas ainda resta a última esperança.
Ainda existe lá no fundo aquele sentimento de que o casamento volte a dar certo, de que as brigas acabem, ou quem sabe o cônjuge que abandonou o lar volte, que se reconciliem.
Mesmo sozinhos, abandonados pela sociedade ou até mesmo pela família. Lá no fundo ainda existe em nós aquela esperança de que vamos dar a volta por cima, ainda resta uma última esperança.
Posso conseguir um novo emprego ou talvez abrir um próprio negócio. Então começamos a juntar os caquinhos, a limpar as feridas, a sacudir a poeira e começamos lentamente a nos levantar.
A nos reerguer se colocar de pé, naquela fé de que agora as coisas vão dar certo para nós.
E muita das vezes as coisas começam a fluir, começamos a ter e ver os primeiros resultados e voltamos novamente a sonhar aquele sonho que antes tínhamos sonhado…

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Por quanto tempo Jó sofreu?

Alguns acham que as provações de Jó duraram muitos anos, mas o livro de Jó não dá a entender um sofrimento tão prolongado.

A primeira fase das provações de Jó, a perda de familiares e de bens, parece ter sido bem rápida. Lemos: “Veio a ser o dia em que [os filhos e as filhas de Jó] comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão, o primogênito.” Jó recebeu uma sucessão de notícias de perdas — seu gado, seus jumentos, suas ovelhas, seus camelos e seus criados que cuidavam desses animais. Pelo visto, foi logo depois que Jó soube da morte de seus filhos e filhas, que “comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão, o primogênito”. Parece que tudo isso aconteceu num só dia. — Jó 1:13-19. 

A fase seguinte das provações de Jó deve ter levado mais tempo. Satanás afirmou a Jeová que Jó falharia se os sofrimentos o atingissem pessoalmente — seu próprio corpo. Jó foi então atacado por ‘um furúnculo maligno, desde a sola do pé até o alto da cabeça’. O alastramento desse mal por todo o corpo pode ter levado algum tempo. E provavelmente demorou algum tempo até que as notícias sobre “toda esta calamidade” chegassem aos seus falsos consoladores, que vieram visitá-lo. — Jó 2:3-11. 

Elifaz era de Temã, na terra de Edom, e Zofar era de uma região no noroeste da Arábia. De modo que procediam de territórios não muito distantes de Jó, em Uz, que provavelmente ficava no norte da Arábia. Mas Bildade era suíta, e entende-se que seu povo vivia ao longo do Eufrates. Se nessa ocasião Bildade estivesse em sua terra, poderia ter levado semanas, ou meses, para que ouvisse falar da situação de Jó e viajasse para Uz. Naturalmente, é possível que os três estivessem relativamente perto de Jó, quando seus sofrimentos começaram. Seja como for, quando chegaram, os três companheiros de Jó “ficaram sentados com ele na terra por sete dias e sete noites”, sem falar nada. — Jó 2:12, 13. 

Veio então a fase final das provações de Jó, cujos detalhes abrangem muitos capítulos do livro. Houve uma série de debates, ou discursos, por parte desses supostos consoladores, e Jó interveio muitas vezes. Depois, o jovem Eliú apresentou uma repreensão, e Jeová corrigiu Jó a partir do céu. — Jó 32:1-6; 38:1; 40:1-6; 42:1. 

Portanto, os sofrimentos de Jó e seu desfecho podem ter ocorrido dentro de alguns meses, talvez menos de um ano. Talvez saiba, por experiência própria, que provações difíceis parecem durar uma eternidade. Mas não nos esqueçamos de que elas acabam, como no caso de Jó. E, por mais que as nossas provações se prolonguem, tenhamos em mente o apoio de Deus, como se reflete nestas palavras inspiradas: “Embora a tribulação seja momentânea e leve, produz para nós uma glória de peso que ultrapassa mais e mais, e que é eterna.” (2 Coríntios 4:17) O apóstolo Pedro escreveu: “Depois de terdes sofrido por um pouco, o próprio Deus de toda a benignidade imerecida, que vos chamou à sua eterna glória em união com Cristo, completará o vosso treinamento; ele vos fará firmes, ele vos fará fortes.” — 1 Pedro 5:10.

O Terceiro Milagre No Evangelho de João



As festas em Jerusalém: - Pela segunda vez Jesus sobe a Jerusalém, mas desta vez não vai ao templo, mas sim encontrar-se com o povo marginalizado, ou seja, as ovelhas sem pastor. Cura um paralítico. A figura do enfermo representa a massa dos oprimidos, o povo excluído da festa. A festa da Páscoa era também chamada a “festa dos judeus”, como se pode ver na primeira vez que Jesus foi a Jerusalém: - “Estando próxima a Páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 2,13). Aqui no contexto da cura deste paralítico, não se menciona a Páscoa, mas somente a festa dos judeus: - “Algum tempo depois era festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 5,1). Deduz-se, portanto, que tal festa, seja a da Páscoa. Outras três festas são citadas no evangelho de João: - a festa da Páscoa (Jo 6,4); - a festa das Tendas (Jo 7,2); - a festa da Dedicação (Jo 10,22). O ponto de partida deste milagre é a festa. – “Jesus subiu a Jerusalém”. Era necessário subir muito para chegar ao alto da montanha, onde está localizada a cidade.
A piscina de Betesda: - O episódio começa pela descrição de um ambiente. João alude aqui alguns temas que vão aparecer depois em outras passagens do seu evangelho, especialmente o discurso sobre o bom pastor e as ovelhas (Jo 10). A chamada “Porta das Ovelhas”, bem conhecida de todos em Jerusalém, era por onde entravam os rebanhos na capital e que eram sacrificados no templo. Há uma referência às ovelhas que Jesus expulsou do templo na primeira vez que foi a Jerusalém: - “No templo, encontrou os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas em suas bancas” (Jo 2,14). A piscina era dividida ao meio com cinco pórticos, onde afluía grande número de doentes, cegos, coxos e paralíticos que ficavam esperando o movimento da água para entrar dentro. O povo atribuía a esta água um poder terapêutico sobrenatural de cura, com a intervenção de um anjo. Pela resposta do doente se deduz que a água era pouca e só usufruía dela quem entrasse primeiro na piscina. Os cinco pórticos correspondem também a uma realidade histórica. Os pórticos do templo eram o lugar do ensino oficial da Lei de Moisés, que tornava Jerusalém a cidadela do saber teológico-jurídico do judaísmo. Os cinco pórticos são símbolos dos cinco livros da Lei: o Pentateuco.
A multidão enferma: - Quem é o doente? – É um homem paralítico. Não sabemos seu nome, nem sua identidade e muito menos sua nacionalidade, pois ao redor desta piscina reuniam-se pessoas de todas as regiões circunvizinhas. Não tem iniciativa e nem forças para entrar na piscina. Está impedido fisicamente e não é muito desembaraçado mentalmente. Era um inválido que mal podia movimentar-se e que, como aparecerá em seguida, estava prostrado em cama ou maca. Este homem representa a multidão enferma e faminta, a mesma que Jesus terá compaixão e fará a multiplicação de pães e peixes no milagre seguinte (Jo 6,1-15). A cura que Jesus fará não se dirige somente a um indivíduo, mas é sinal de libertação da multidão de marginalizados, miseráveis, submetidos a uma Lei morta e sem vida. Assim, se explica a violenta reação dos dirigentes dos judeus, que no final do relato, pensam em matar Jesus imediatamente, porque o milagre foi realizado no dia de sábado, o que era contrário à Lei.
A iniciativa de Jesus: - João diz que este homem já estava doente há 38 anos. Não sabemos sua idade. Mas o número 38 deve-se interpretar em sua relação com quarenta. Quarenta anos equivaliam a uma geração. No Antigo testamente tal número era usado para indicar um período longo e homogêneo, por exemplo, o de um reinado, ou de um tempo de paz. Também o povo de Deus caminhou quarenta anos pelo deserto, onde morreu toda a geração que saiu do Egito, sem poder chegar à terra prometida. Neste sentido deduz-se que esta doença acompanhava a vida toda deste homem. Está, portanto, no final de sua vida, e é neste momento que Jesus se aproxima dele. A duração dos 38 anos encontra-se em Dt 2,14, indicando o tempo que durou a caminhada do povo eleito, até que toda aquela geração foi extinta da terra. Assim, os 38 anos de enfermidade indicam que o povo está prestes a morrer, assim como estava este paralítico. A situação desta multidão é de quem vai morrer sem ter saído “do deserto”, sem ter conhecida a felicidade que Deus prometia, na pessoa de Jesus. Este paralítico inválido, por sua vez, representa o povo submetido ao pecado e atrofiado em sua miséria. Na realidade, Jerusalém era, já na época de Jesus, um centro de mendigos, que, de mais a mais, se concentrava em torno do templo. Sem mais explicação, encontra-se Jesus no meio da multidão dos enfermos. A multidão que aí está é o retrato de uma cidade marcada pela exclusão social.
Jesus faz a pergunta da vida: - Jesus contempla toda esta realidade presente na capital e eis que fixa seu olhar neste homem paralítico. No meio da multidão se detêm nele e não nos demais. Os sinais da longa enfermidade são visíveis; Jesus dá-se conta de quão avançado está o mal. Então, faz uma pergunta a este homem sem forças e incapaz de movimento e ação. É a chamada pergunta da vida: - “Queres ficar curado?” – A pergunta de Jesus abarca bem mais do que a saúde corporal. Ele quer resgatar a dignidade e a integração interior deste paralítico. Jesus se torna para este homem a única salvação, pois ele não tem família, não tem amigos e não tem ninguém que o ajude. Está no abandono total. Vive na solidão. Ninguém se interessa por ele. Não tem mais nenhuma perspectiva de vida. A desgraça tomou conta. Jesus quer que este homem passe do desânimo para a esperança e assim possa de novo resgatar o sentido de viver.
As resistências deste paralítico: - Mesmo depois que Jesus oferece a possibilidade da cura, este homem fica colocando várias resistências e empecilhos. Não percebe a graça de Deus passando pela sua vida. Prefere a desgraça ao invés da recuperação; prefere a miséria dos seus trapos a recuperar sua dignidade humana; prefere ficar deitado e acomodado a levantar-se e enfrentar os desafios da vida. Não se ajudava para sair desta situação. Esperava tudo pelos outros. Não fazia o mínimo esforço. Uma espécie de inércia o deixava assim. Quem perde a esperança perde tudo. A agitação da água na piscina, portanto, representa a ilusão do povo oprimido de encontrar remédio em agitações populares. É a armadilha de libertação que nunca chega a realizar-se. No tempo de Jesus eram freqüentes as vãs revoltas messiânicas que surgiam na multidão desamparada, sem resultado algum. Colocavam a esperança na força da violência.
A força de levantar-se novamente: - Humanamente falando, este homem não tinha mais força para levantar-se e, o pior de tudo, não queria levantar-se, pois não fazia o mínimo esforço possível. A acomodação degenerativa era total. Apresenta a Jesus todas as impossibilidades. Mas Jesus não se deixa vencer pelas inconsistências presentes. Oferece gratuitamente a cura em três dimensões: - “Levanta-te, toma a tua cama e põe-te a andar”. Jesus lhe dá a saúde e com ela a capacidade de agir por si mesmo, sem depender dos outros. O paralítico pode agora dispor da maca que o mantinha imóvel e pode caminhar aonde quiser. É a palavra de Jesus que cura, dando força e vida nova. Jesus não o levanta, mas capacita-o para que ele mesmo se levante e caminhe. O paralítico estava subjugado e privado da iniciativa própria, agora pode dispor de si mesmo, com plena liberdade para caminhar. De homem inutilizado Jesus o faz um homem livre. É como morto, agora ressuscitado. É uma nova oportunidade de vida.
A cura que gera controvérsia: - Jesus não chama este homem curado para ser “seu discípulo”, mas o deixa livre. Simplesmente o fez homem. Agora libertado das amarras, deve encontrar seu próprio caminho. Libertou-se de um passado que o tornava cada dia mais infeliz. O evangelho de João não diz que ele tenha acreditado. Aliás, Jesus, nem sequer se deu a conhecer a ele. A violação do descanso será a pedra de escândalo para os dirigentes judeus. Jesus não levanta a questão do dia festivo nem pretende fazer polêmica contra eles. Simplesmente usa de sua liberdade e continua sua missão. Para Jesus o que conta é o bem estar do ser humano em qualquer circunstância. Antes ninguém ligava para este infeliz miserável. Se tivesse morrido ninguém ia se importar com ele. Aliás, nem iam perceber sua falta, pois vivia no anonimato, no meio da miséria. Agora, ele se torna o centro das atenções e é percebido, primeiramente, por estar carregando seu leito em dia de sábado. Os dirigentes judeus não estão preocupados com ele e nem com a vida humana, mas com a Lei que mata e escraviza.
A segunda aproximação de Jesus: - Este homem, agora curado, não tem o senso de gratidão no coração. Não sabe agradecer. Não foi educado para as leis do amor. Agora, em Jesus, começa a brilhar o amor de Deus na vida dele. Jesus tinha escapulido. Não busca popularidade, mas somente pretende dar vida plena. Devolve a este paralítico sua força, sem exigir nada dele. O amor é dom gratuito. E pela segunda vez Jesus toma a iniciativa, quando o encontra novamente no templo, agora, porém, curado. Pede a ele para não pecar mais. Para a mentalidade da época, a doença estava associada ao pecado. As trevas não reconhecem a luz.

Seu filho(a) Usa Narguilé?

Onde tem fumaça, às vezes, tem um narguile –
e é aí que mora o perigo! Mesmo porque o tradicional cachimbo d´água usado há milênios nos países do Sudeste Asiático e Oriente Médio agora é a nova moda entre os jovens no Brasil.

Tudo começou com a exibição na televisão de uma novela. Em seguida, bares e restaurantes aderiram à onda para agradar aos clientes. Assim, de boca em boca, o que era moda tornou-se uma febre.

Em virtude da mistura de inúmeras essências, o narguile tem aromas variados. É feito com um fumo especial (um melaço, subproduto do açúcar). Os sabores mais conhecidos, são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel.

O narguile é formado por uma peça central, que parece um vaso, onde se coloca a água. Conectada à base está uma peça cilíndrica que sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco, e em cima do tabaco, o carvão. A mangueira, por onde se aspira a fumaça, resfriada pela água, se encaixa na parte superior do narguile e termina numa piteira. Pode haver mais de uma mangueira para várias pessoas fumarem juntas. Ele funciona quando é aspirado por um tubo que reduz a pressão no interior do aparelho, fazendo com que o ar aquecido pelo carvão passe pelo fumo, produzindo a fumaça. Essa fumaça desce até a base, onde é resfriada e filtrada pela água, que retém algumas partículas sólidas. A fumaça segue pelo tubo até ser consumida pelo usuário com o sabor da essência escolhida

Segundo o dr. Sérgio Ricardo Santos (foto ao lado), Presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o narguile causa ainda mais males do que o cigarro, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas – já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem a devida esterilização. Vale lembrar que o seu uso é proibido para menores de 18 anos, assim como o cigarro.


Efeitos à saúde


Também conhecido como ‘hookah’ nos países de língua inglesa, ou por ‘shisha’ no norte da África, o narguile pode causar diversas doenças, sendo as respiratórias as mais observadas. Especialistas em doenças respiratórias advertem que 50 tragadas são suficientes para viciar. Isso ocorre devido à nicotina, que causa a chamada sensação de bem-estar, adverte o dr. José Eduardo Delfini Cançado, Presidente da SPPT.

Estudos recentes contrariam a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a fumaça inalada em uma sessão de narguile, que pode durar entre 20 minutos e uma hora, corresponde à inalação de 100 a 200 cigarros. E são consumidos até 10 litros de fumaça, pois a presença da água faz com que se aspire mais fumaça, que se torna mais tolerável. Dessa maneira, inala-se maior quantidade de toxinas.

O que muitos pensam erroneamente é que esse tipo de fumo não é tão prejudicial à saúde. Longe disso: por conter diversas toxinas, pode causar câncer de pulmão, além de doenças cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras. “A única forma de minimizar os males causados pelo narguile é evitar o uso e não aspirar a fumaça“, alerta o dr. Sérgio.

Entrevista

A Dra. Jaqueline Scholz Issa (foto ao lado), cardiologista, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo, responde as perguntas dos ouvintes enviadas à Rádio Jovem Pan para a campanha contra as drogas:

Mônica de Mora da Costa:
Quais são os malefícios do uso continuado do narguile? É igual ao tabaco?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
É igual ao tabaco. O fumo utilizado no narguile contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco (nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, que tira o oxigênio das células) e sua fumaça contém também os aditivos aromatizantes e substâncias nocivas do carvão. Causa, portanto, dependência, perda de dente, câncer de boca e todos os riscos do tabaco à saúde: doenças respiratórias, câncer e doenças cardiovasculares.

Marcos José de Faria:
Qual a origem do narguile? A planta é tabaco? Vários amigos meus dizem que provoca euforia. É verdade?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O narguile tem origem no Oriente. Uma das versões é a de que teria sido inventado na Índia do século XVII. Na China, passou a ser utilizado para fumar o ópio, e assim permaneceu até a revolução comunista, no fim da década de 40. Com os árabes, passou a ser utilizado em grupo, acompanhado de café. As cruzadas também espalharam o narguile pelo mundo, quando os guerreiros sobreviventes traziam-no para seus países. No Brasil, o narguile foi trazido por trazido por turcos, libaneses e judeus. Para fumar, é utilizado tabaco. Maconha e crack também estão sendo fumados no narguile. E há grupos de adolescentes que estão trocando a água do narguile por bebida – causas da perigosa euforia relatada pelos seus amigos.

Miriam do Vale Mendes:
É verdade que o narguile veio com os árabes e muçulmanos para o Brasil? Ele é uma droga? É tabaco ou alguma outra coisa?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Para o Brasil, foi trazido por turcos, libaneses e judeus. O que se fuma no narguile – tabaco – é droga. Há também quem utilize maconha, bebida e crack, potencializando os riscos dessas drogas.

Rafael Costade Souza:
Por que que o narguile está tão popular nas festas de São Paulo? Quem tem o interesse em divulgar mais esse consumo de tabaco? Ele é ilegal? Vicia? É droga?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Porque se criou o falso conceito de segurança, incentivado pela falsa idéia de que é inócuo, os pais compraram a idéia de que não tem perigo. Falso e perigoso conceito porque fumar no narguile é altamente maléfico para a saúde. A água do narguile não filtra, ela esfria a fumaça. E a fumaça vem com nicotina, que vicia, vem com alcatrão e monóxido de carbono, substâncias do tabaco. O monóxido de carbono no narguile é potencializado pela combustão do carvão, o que significa que chegará mais forte ao organismo, retirando oxigênio das células e possibilitando o aparecimento de doenças, perda de dentes e de câncer na boca. Como a concentração de monóxido de carbono é maior com o narguile, por causa da combustão do carvão, sua concentração equivale ao final de 40 minutos a se ter fumado 100 cigarros. Quem tem interesse de divulgar o narguile é a indústria do cigarro, porque o usuário de narguile vai também fumar cigarro. É proibido para menor de 18 anos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que veda a venda de qualquer produto do tabaco para adolescentes. Como é usado o tabaco, vicia, sim. Narguile é o objeto onde se usa droga.

Fabio Barros da Silva:
Como podemos ajudar na campanha contra o tabaco nas escolas? Vários colegas meus fumam e não consideram o cigarro droga. O narguile é uma droga, também vicia?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Deveríamos incentivar a participação em festas, sem drogas. Deveríamos motivar jovens a promoverem festas, sem bebida, sem cigarro ou outras drogas, com o objetivo de reunir os amigos para se conhecerem, conversarem, compartilharem companhia. O narguile é o objeto onde se usa droga, que vicia.

Valdice Mendes de Souza:
Tenho ido a festas e vejo o tal de narguile correndo por todos. Achei o cheiro muito estranho e enjoativo, meio adocicado... Ele é feito de quê? Será que vicia? É também uma droga?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O cheiro é do tabaco misturado com essências de flores ou frutas. É uma droga. Portanto, vicia, sim.

Agnaldo silva Machado:
Gostaria de saber o que é exatamente narguile. Como é o tabaco que é fumado pelas pessoas e por que ele é perfumado? Narguile também é considerado uma droga?

Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O tabaco fumado no narguile é misturado com essências, ou seja, tem mais produtos químicos para prejudicar a saúde. Esse tabaco é droga, sim, que vicia e prejudica o organismo.

Apocalipse 3:18

Apocalipse 3:18 - Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 



Os membros da igreja em Laodicéia a melhor impressão de si mesmos, considerando-se perfeitos e ricos. O Senhor Jesus, entretanto, denunciou a pobreza espiritual daqueles discípulos e lhes prescreveu: "Eu te aconselho que de im compres ouro refinado no fogo para te enriqueceres." (Apocalipse 3:18).

Nada pior do que estar completamente pobre e viver na ilusão de nadar em riqueza. Se isto já é ruim com dinheiro, imagine quando se trata de vida espiritual. Há membros de igreja que só são "cristãos" da boca para fora. Jesus os chamou de "sepulcros caiados: bonitos por fora, mas com podridão por dentro".

O remédio para sair da pobreza espiritual é levar a sério Jesus Cristo. Seu conselho é adquirir Seu "ouro refinado no fogo". Esta imagem usada pelo Mestre evidencia quanto é coisa séria viver em comunhão com Cristo. Quanto mais forte o fogo, mais refinado e mais valorizado é o ouro. Em outras palavras, a riqueza espiritual que adquirimos, quando aceitamos viver obedientes a Cristo, não deve ser encarada como coisa fácil, barata. Ela sempre exige honestidade de compromisso. Ela sempre requer sinceridade de propósitos. Aqueles que já experimentaram viver as disciplinas requeridas por Cristo dão testemunho de que vale a pena. A escolha é nossa: viver em pobreza espiritual, ou de coração aberto, "comprar o ouro refinado no fogo", oferecido por Cristo.